novembro 18, 2024
Um símbolo de heroísmo e gratidão, um relógio de ouro de 18 quilates da Tiffany & Co., presenteado ao capitão que liderou o resgate de sobreviventes do Titanic, foi arrematado em leilão por impressionantes 1,56 milhão de libras esterlinas (aproximadamente R$ 11 milhões). O artefato estabeleceu um recorde como o item relacionado ao Titanic mais caro já vendido.
O capitão Arthur Rostron, do RMS Carpathia, recebeu o relógio como gesto de agradecimento de três sobreviventes, entre elas Madeleine Astor, viúva de John Jacob Astor, o homem mais rico a bordo do Titanic. Rostron foi celebrado por sua bravura ao comandar sua tripulação no resgate de mais de 700 passageiros após o trágico naufrágio do navio em 1912.
Ação Heróica e Reconhecimento
Na fatídica madrugada de 15 de abril de 1912, o Carpathia navegava rumo ao Mediterrâneo quando recebeu um pedido de socorro do Titanic. Rostron rapidamente alterou o curso e, desafiando perigosos campos de gelo, conseguiu localizar e resgatar os ocupantes dos botes salva-vidas. Apesar das difíceis circunstâncias, ele e sua tripulação trouxeram os sobreviventes em segurança de volta a Nova York.
Por suas ações, Rostron foi condecorado com a Medalha de Ouro do Congresso dos EUA pelo presidente William Howard Taft e foi posteriormente nomeado cavaleiro pelo rei George V. O relógio foi entregue a ele em um almoço na Quinta Avenida, em Nova York, como tributo à sua bravura. A inscrição no objeto menciona o apreço das sobreviventes, incluindo Madeleine Astor, Sra. John B. Thayer e Sra. George D. Widener.
Valor Histórico e Fascínio Duradouro
Este leilão reflete o fascínio contínuo pela história do Titanic e seus artefatos. Andrew Aldridge, leiloeiro responsável pela venda, destacou como itens relacionados ao naufrágio continuam a atrair interesse e altos lances por sua importância histórica e escassez.
Não é a primeira vez que recordes são quebrados este ano: em abril, outro relógio de bolso, pertencente a John Jacob Astor, foi vendido pela mesma casa de leilões por US$ 1,5 milhão. Ambos os objetos representam não apenas memórias do trágico evento, mas também as histórias pessoais daqueles que estavam a bordo, preservadas mais de um século após o desastre.
Esses itens são testemunhas de um momento marcante na história marítima, ecoando as vidas e os legados dos que enfrentaram uma das tragédias mais emblemáticas do século XX.